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Elas
Tive a sorte, o privilégio, a benção de ter na minha vida duas mulheres que fizeram de mim aquilo que eu sou.
Uma ensinou-me (odeio o pretérito) a ser e a outra ensina-me todos os dias a estar.
Foi com a Bia que aprendi a amar-me e a amar os outros, seja a descascar a minha romã, seja a fazer tarte de morango, seja a descodificar o que ia dentro de mim (antes de eu própria perceber)com apenas um olhar.
Em suma, aprendi a dar e, sobretudo, a receber. Tenho saudades tuas todos os dias.
A outra é a minha irmã que todos os dias me ensina a estar (ser) tolerante e a saber que para cada pensamento há um contraponto. É a única que me consegue convencer (sempre) que amanhã o dia mais negro terá passado.
Este post é uma excepção à regra e só existe porque (como quase sempre no que a elas diz respeito) a razão cedeu.
19 outubro 2007
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